terça-feira, 13 de abril de 2021

Corrupção


Actos corruptos têm claramente impacto no desempenho da economia.

Considero os actos corruptos do FMI, BCE, Comissão Europeia e do governo pafista de muito longe mais nefastos que qualquer possível corrupção do Sócrates.
Claramente a Troika, governo pafista e seus servos da comunicação social mentiram (e continuam a mentir) sobre a “bancarrota” provocando assim o aprofundamento de uma grave crise para alcançarem objectivos políticos.
A população portuguesa não votou para que parte da economia fosse destruída (sem criar qualquer alternativa), não votou para que milhões fossem para o desemprego e condenados à precariedade, não votou para que centenas de milhar fossem expulsos do país, não votou para resgatar a falida banca tanto a nacional como a estrangeira (uma e outra vez, e outra vez, e outra vez...) enquanto lhes diziam “não há dinheiro” para tudo o que é social do Estado.

Alguns falam da economia como se fosse algo etéreo, de difícil definição mas, obviamente, a economia pode ser definida, as pessoas e o seu labor são a economia, a extração dos recursos da terra é economia, a exploração animal é economia, a guerra é economia, a religião é economia, a prostituição é economia, o tráfico de seres humanos é economia, a corrupção é economia.
Não é por acaso que os crentes do Capitalismo só querem saber do PIB como medida para avaliar o desempenho de uma economia. A estes crentes é-lhes indiferente os efeitos nefastos que várias actividades provocam nas pessoas e no ambiente. Não é por acaso que os neoliberais exibem traços de psicopatia e sociopatia...
Actividade económica não se traduz directamente em progresso humano.
Que economia nós queremos?
Uma economia que coloca os trabalhadores no fio da navalha e que não tem qualquer consideração pelo ambiente ou queremos uma economia que dá poder ao trabalhador, que proteja e eleva a vida e não a morte.
Nós tivemos lutas ao longo dos tempos para alterar a economia, para a pôr ao serviço do progresso humano, há umas décadas para cá temos seguido o caminho inverso, e ainda o estamos a seguir…
Até quando?

Este texto foi (é) um comentário (com algumas correções) que deixei no melhor blog de economia português, o Ladrões de Bicicletas.