domingo, 17 de dezembro de 2023

Pedro Nuno Santos, o falso profeta

 

Podem ver o vídeo na rede Twitter

“De todos os políticos que se apresentam em Portugal eu sou o único que sabe o que é uma empresa”

Ladainha neoliberal que visa apresentar como virtude o Estado que funciona como uma empresa.
O Estado deve ser bem gerido (coisa que os neoliberais claramente não sabem fazer, também não é o seu objectivo...) mas achar que o Estado tem as limitações de uma empresa, e que se deve apenas preocupar com o lucro é o lixo que a ideologia dominante que se faz passar por ciência económica quer que nós acreditemos. Este lixo ideológico tem um objectivo, se a empresa (capitalista) existe para enriquecer o topo o que servirá um Estado que se comporta como uma empresa? Que ordem social esse Estado-Empresa impõe?

Pedro Nuno Santos respondeu da forma como respondeu porque ele quer ser visto pela classe dominante como alguém que não vai pôr em causa a ordem estabelecida. É isto o que a pessoa do ECO queria ouvir, ele estava a testar Pedro Nuno Santos... “Pedro Nuno Santos é cá dos nossos”, “Ele não se identifica com quem trabalha, ele identifica-se com quem manda”.

Pedro Nuno Santos disse ao ECO que admite reeditar a “geringonça”.
Sabem para que serviu a “geringonça”? Serviu para requalificar a imagem do Partido “Socialista” em 2015, o Partido “Socialista” estava na altura em processo de pasokização, o espertalhão António Costa percebendo que os partidos “socialistas” europeus estavam a ser dizimados pela sua inequívoca associação às políticas austeritárias utilizou o PCP e BE para requalificar a imagem do seu partido, a “geringonça” foi uma operação de marketing, e assim que se esgotou o António Costa descartou o PCP e BE.

Pedro Nuno Santos não é a ruptura com Costa, é a sua continuação.
Sim, alguns slogans dos “socialistas” até não soam mal, mas no fim é frustração e lágrimas.
Adivinhem quem sairá reforçado com a frustração que o Partido “Socialista” impõe a milhões de pessoas?...

Sem comentários:

Enviar um comentário